Detecção de Metanol: Governo do RS Implementa Teste Próprio

O Governo do Rio Grande do Sul deu início a sua própria produção de exames laboratoriais para detecção de intoxicação por metanol na segunda-feira (13). A análise de amostras de sangue de casos suspeitos é agora realizada internamente, através de uma colaboração entre o Centro de Informação Toxicológica do Estado (CIT) e o Instituto Geral de Perícias (IGP).

Até agora, o laboratório emitiu três resultados de exames que deram negativo para metanol. A expectativa é que todos os resultados estejam prontos em até 24 horas, durante dias úteis. Vale destacar que o CIT também recebe amostras nos finais de semana e feriados.

Com esta nova implementação, o Rio Grande do Sul candidata-se a ser um dos poucos estados com capacidade interna para este tipo de diagnóstico específico. “Nossa equipe já tem experiência em análises toxicológicas e agora também atua na identificação de metanol”, reiterou a secretária da Saúde do RS, Arita Bergmann.

Atualmente, o estado do RS confirmou uma ocorrência de intoxicação por metanol. Trata-se de um residente de Porto Alegre que apresentou sintomas após o consumo de uma bebida alcoólica em São Paulo, no mês passado.

Entre os profissionais que trabalham na detecção do metanol está a farmacêutica bioquímica do CIT, Sabrina Nunes do Nascimento. Ela detalha que a análise realizada no local utiliza um cromatógrafo gasoso, um método padrão ouro e o mais confiável disponível para detectar, confirmar ou descartar a presença de metanol. Isso devido à sua alta sensibilidade e especificidade. A análise também permite medir a quantidade de metanol no sangue.

Aqui está uma explicação de como o exame é feito:

  • Prepara-se uma amostra de sangue da pessoa suspeita de intoxicação e coloca-se no equipamento;
  • Aquece-se a amostra até ela se tornar um gás;
  • Este gás passa por um tubo bastante fino, onde as substâncias são separadas e identificadas pelo detector;
  • As substâncias se separam e aparecem em momentos diferentes, permitindo que o metanol seja identificado por seu tempo específico de aparência.

O governo do estado informa que casos suspeitos podem ser relatados ao CIT através do telefone 0800-721-3000. O serviço oferece suporte direto aos profissionais de saúde, auxiliando na avaliação do caso suspeito e também fornecendo orientações e apoio para o atendimento clínico imediato.

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