A recente sessão tumultuada da Bolsa de Valores e Dólar foi caracterizada pela moeda americana quebrando a marca de R$ 5,50 pela primeira vez desde agosto. Enquanto isso, o Ibovespa sofreu uma queda. Este cenário volátil foi devido aos senões da guerra comercial entre os EUA e a China e também às crescentes inquietações em relação às contas públicas do Brasil. Esses fatores colocaram pressão sobre o real, tornando-o a moeda de pior desempenho entre as emergentes.
O fechamento do dia marcou o dólar comercial cotado a R$ 5,503, um aumento notável de 2,38% em uma única sessão. Em certo ponto, o valor do dólar até alcançou R$ 5,51 à tarde, marcando o nível mais alto desde o dia 5 de agosto. O Ibovespa por outro lado, fechou em 140.680 pontos, uma diminuição de 0,73%, acumulando uma perda de 3,8% apenas no mês de outubro. O cenário já complexo foi ainda mais complicado pelo anúncio do presidente americano Donald Trump da iminente e significativa elevação das tarifas sobre produtos chineses, conforme anunciado na plataforma Truth Social.
No Brasil, essa agitação internacional foi exacerbada por medos fiscais. A revogação de uma medida provisória que resultou em um rombo de R$ 17 bilhões nas contas do governo para 2026 provocou aversão ao risco entre os investidores. Tal mistura de fatores internos e externos resultou em uma fuga para ativos seguros e no real experimentando seu pior desempenho em comparação às outras moedas emergentes, além das quedas gerais observadas nos principais índices acionários dos Estados Unidos.
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