Dois técnicos de enfermagem do Hospital Ernesto Dornelles em Porto Alegre foram indiciados sob a acusação de abuso sexual contra uma paciente de 39 anos. Ambos provavelmente estão sob custódia preventiva desde a última segunda-feira (13), após serem indiciados por violação sexual mediante fraude.
Conforme relatado pelo Ministério Público, ambos os suspeitos foram indiciados na quinta-feira (16) por estupro de vulnerável e estupro.
O crime
O incidente ocorreu na instituição médica no dia 22 de julho. A Paciente havia acabado de realizar um procedimento ginecológico e retornou ao hospital para mais um. Enquanto aguardava pelo procedimento adicional o primeiro suspeito, de 31 anos, entrou no quarto dela e realizou um exame de contato íntimo sem seu consentimento total, tocando sua barriga e seus seios. O ato inapropriado foi relatado à equipe de enfermagem.
O segundo suspeito de 55 anos, responsável pelo andar da vítima, disponibilizou um estetoscópio ao primeiro envolvido e, desconsiderou a queixa da vítima. As investigações sugerem uma possibilidade de premeditação do crime, os suspeitos teriam discutido antes do ocorrido.
O incidente foi relatado por um familiar da vítima e por funcionários do hospital. Os suspeitos foram interrogados e negaram as alegações. Até o momento, não foram feitas outras denúncias relacionadas a esses indivíduos.
Ambos os suspeitos foram finalmente presos no início desta semana em Porto Alegre.
O que diz a casa de saúde
Em um comunicado publicado em suas redes sociais, o Hospital Ernesto Dornelles afirmou prestar todo o apoio necessário à paciente e à sua família, assim que foram notificados. Enfatizou também que os técnicos foram demitidos imediatamente.
O Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) também foi notificado sobre o incidente que envolveu os dois técnicos desde o dia 27 de julho, quando recebeu o relatório oficial sobre o ocorrido. Este caso está sendo rigorosamente analisado e tratado em sigilo, conforme ditam os procedimentos legais e éticos vigentes. As sanções para tais delitos podem variar de advertência à revogação do direito de exercer a profissão, dependendo da gravidade da infração e dos princípios éticos e judiciais.
