Indiciamento de Médico Anestesista no Caso Ricardo Godoi
O médico anestesista envolvido na aplicação de anestesia geral no influenciador Ricardo Godoi, que sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu em janeiro deste ano, foi indiciado pela Polícia Civil de Santa Catarina por homicídio culposo. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na última quinta-feira (15).
Ricardo Godoi, de 46 anos, recebeu a anestesia para realizar uma tatuagem nas costas. Ele faleceu em 20 de janeiro em Itapema, no Litoral Norte catarinense. O corpo foi exumado no dia seguinte ao sepultamento para um exame cadavérico que não ocorreu inicialmente.
O nome do anestesista não foi divulgado pelas autoridades, e o g1 não conseguiu contato com a defesa do médico.
Análise do Ministério Público
Com a conclusão do inquérito, o MPSC avaliará o caso e decidirá sobre a apresentação de uma denúncia formal contra o médico. O delegado Aden Claus, responsável pela investigação, não forneceu informações adicionais sobre as conclusões.
Causa da Morte e Exame Pericial
A morte de Ricardo Godoi foi confirmada como parada cardiorrespiratória, segundo o atestado do hospital. O exame pericial indicou que ele tinha hipertrofia cardíaca, mas nenhuma outra informação relevante foi encontrada.
Quanto à alegação do hospital sobre o uso de anabolizantes por Godoi, a família confirmou a informação, conforme o delegado Claus. Contudo, o laudo pericial não mencionou o uso dessas substâncias.
Repercussões do Caso
Ricardo Godoi deixou quatro filhos, uma neta, era casado e proprietário de uma empresa de carros de luxo. O Hospital Dia Revitalite informou que apenas forneceu a sala operatória e os equipamentos.
Segundo o estúdio de tatuagem, Godoi sofreu a parada cardiorrespiratória no início da anestesia, antes da tatuagem ser iniciada. Um cardiologista foi chamado, mas não conseguiu reanimá-lo.
Orientações do CRM-SC
O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) informou que há um parecer sobre procedimentos de tatuagens. O documento, assinado em 6 de junho de 2024, orienta que a aplicação de anestesia antes de uma tatuagem não é proibida, mas exige uma análise dos riscos e benefícios envolvidos.