“Formando na agonia”: Padrasto é detido por agredir enteada de 4 anos no Rio; mãe sob investigação

Prisão de Suspeito de Tortura na Zona Norte do Rio de Janeiro

A Polícia Civil efetuou a prisão de um homem de 32 anos, acusado de torturar sua enteada de apenas 4 anos, na Ilha do Governador, localizada na zona norte do Rio de Janeiro. O suspeito, Israel Lima Gomes, foi capturado na zona oeste da cidade, em cumprimento a um mandado de prisão temporária.

Investigação e Condição Médica da Criança

A investigação teve origem após a menina ser internada em estado crítico em um hospital infantil. Os médicos identificaram que a criança tinha o intestino perfurado, um braço quebrado, infecção abdominal e vários hematomas espalhados pelo corpo, chegando a correr risco de morte na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Análise de Mensagens e Evidências de Tortura

Durante a análise das mensagens trocadas no celular de Israel com a mãe da menina, foram encontradas mensagens perturbadoras onde o padrasto justificava o uso de punições físicas severas como método de “educação”. Em um dos diálogos, ele afirmou que a criança era “forte porque estou moldando ela na dor. Fica fraco quando é só amor”. Os investigadores rapidamente classificaram o caso como uma “evidente prática de tortura”.

Acusações e Possíveis Desdobramentos Legais

Além das agressões físicas, que eram frequentemente disfarçadas como quedas ou acidentes, a investigação revelou que a criança era frequentemente trancada em banheiros escuros, aumentando seu sofrimento. Inicialmente, o caso está sendo tratado como tortura, um crime hediondo, mas a polícia considera a possibilidade de reclassificar para tentativa de homicídio qualificado, conforme as investigações avancem. Israel já tinha antecedentes criminais, incluindo violência doméstica e importunação sexual, sendo a última por se expor nu para uma criança de 12 anos em um ambiente familiar.

Papel da Mãe e Repercussão na Comunidade

O delegado Felipe Santoro, responsável pela investigação, destacou que a participação da mãe da criança está sendo cuidadosamente investigada. A mulher pode enfrentar as mesmas acusações do marido ou responder por omissão, caso se confirme sua conivência ou negligência diante da situação de tortura. A mãe, cuja identidade foi preservada, nega todas as acusações e prestou depoimento à polícia como testemunha até o momento. No dia em que a criança foi levada ao hospital, a comoção pública foi tão intensa que a polícia precisou escoltar a mulher para evitar um possível linchamento pela população local, refletindo a indignação da comunidade perante a brutalidade do caso.

Fonte: https://gazetabrasil.com.br/brasil/2025/05/18/moldando-na-dor-padrasto-e-preso-por-torturar-enteada-de-4-anos-no-rio-mae-e-investigada/