Luana Souza, Aline Midlej e Yeyé Kintê na Flica 2025: mediação de mesa de discussões

Luana Souza, Aline Midlej e Yeyé Kintê na Flica 2025: mediação de mesa de discussões

Foto: Pedro Gabriel

Luana Souza Brilha na Flica 2025: Ancestralidade e Novas Vozes em Debate em Cachoeira

A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), um dos mais prestigiados eventos culturais do Brasil, prepara-se para sua 13ª edição em grande estilo. E entre os nomes que abrilhantarão a programação deste ano, destaca-se a confirmada participação da jornalista Luana Souza, uma filha da terra que retorna para um momento de profunda significância. A renomada apresentadora da Rede Bahia terá a honra de mediar uma das mesas de debate mais aguardadas do festival, marcada para este sábado (25), às 15h, na acolhedora Tenda Paraguaçu.

O Retorno de Luana Souza à Terra Natal e à Flica

Para Luana Souza, a participação na Flica vai muito além de um compromisso profissional; é um reencontro emocionante com suas raízes. Nascida em Cachoeira, a jornalista e apresentadora tem construído uma sólida carreira na comunicação, sendo hoje uma figura reconhecida na televisão baiana. Seu retorno à Flica, portanto, simboliza uma ponte entre sua trajetória profissional e sua identidade pessoal, um elo inquebrável com a cidade que a viu crescer e que, agora, a recebe como uma voz influente no cenário cultural.

A Flica, com sua essência de celebrar a literatura, a cultura e o diálogo, torna-se o palco perfeito para Luana exercer seu papel de mediadora. Sua capacidade de conduzir conversas profundas e relevantes será fundamental para explorar os temas propostos na mesa. A oportunidade de estar mais uma vez em sua terra natal, contribuindo para um evento de tamanha magnitude, é um motivo de orgulho e celebração, tanto para ela quanto para a comunidade cachoeirana.

“Mediar essa mesa com mulheres tão potentes, que representam diferentes vozes de nossa ancestralidade e do nosso tempo é um reencontro com minha própria história. Estar mais uma vez na Flica, na minha terra, não é apenas participar de um evento literário. É honrar minhas raízes e celebrar o lugar de onde venho. Conduzir essa conversa é, para mim, como olhar para um céu de estrelas que me formaram e continuam guiando o caminho”, declarou a comunicadora, expressando a profunda conexão pessoal e o significado que este momento representa em sua vida e carreira.

“Nossas Vozes Como a Noite Estrelada”: Um Diálogo Essencial

A mesa mediada por Luana Souza, intitulada “Nossas vozes como a noite estrelada”, promete ser um dos pontos altos da Flica 2025. O nome já sugere a riqueza e a diversidade de perspectivas que serão abordadas, evocando a vastidão e o brilho das histórias e experiências que moldam a identidade afro-brasileira. Este painel reunirá um elenco de mulheres negras extraordinárias, cada uma trazendo sua expertise e vivência para enriquecer o debate.

Mulheres Negras em Destaque

As participantes confirmadas são figuras de grande relevância no cenário da comunicação e da cultura: Aline Midlej, apresentadora da Globonews, conhecida por sua seriedade e perspicácia na análise de temas complexos; Yeyé Kintê, escritora e jornalista, que tem se destacado por suas narrativas envolventes e por sua atuação na promoção da cultura negra; e Sueli Kintê, psicopedagoga, cujo trabalho ressalta a importância da educação e da ancestralidade na formação de indivíduos e comunidades. A presença dessas três mulheres, com Luana Souza na mediação, cria um espaço único para a troca de ideias e o fortalecimento de narrativas.

A escolha dessas comunicadoras negras não é aleatória. Elas representam a força, a resiliência e a inteligência de uma população que, por séculos, teve suas vozes silenciadas ou distorcidas. Suas contribuições para o jornalismo, a literatura e a educação são inestimáveis, e a Flica oferece a plataforma ideal para que suas perspectivas sejam amplificadas e debatidas por um público diverso e engajado.

Ancestralidade e Comunicação: Pontes para o Futuro

O foco central do debate será a busca, na ancestralidade, por novas formas de diálogo. Este é um tema de extrema relevância na sociedade contemporânea, especialmente no Brasil, onde a herança africana é um pilar fundamental da identidade nacional. Discutir como as raízes e as tradições ancestrais podem informar e enriquecer a comunicação atual é essencial para a construção de um futuro mais justo e equitativo. A ancestralidade não é apenas um olhar para o passado; é uma ferramenta poderosa para entender o presente e projetar o futuro, oferecendo sabedoria e resiliência.

A mesa propõe explorar como a sabedoria dos antepassados, as narrativas orais e as práticas culturais podem ser resgatadas e reinterpretadas para criar um novo paradigma de comunicação. Em um mundo cada vez mais conectado, mas paradoxalmente, muitas vezes desconectado de suas essências, a ancestralidade oferece um refúgio e uma fonte de inspiração para diálogos mais autênticos, empáticos e profundos. A contribuição dessas comunicadoras negras para a compreensão e a valorização desse legado é fundamental para um país que busca reconhecer e celebrar sua rica diversidade.

A Flica: Mais Que um Evento Literário, um Celeiro Cultural

A Festa Literária Internacional de Cachoeira consolidou-se ao longo de suas treze edições como um dos eventos mais importantes do calendário cultural brasileiro. Não se trata apenas de uma celebração da literatura, mas de um verdadeiro celeiro de ideias, encontros e manifestações artísticas que transcendem o universo dos livros. A Flica é um espaço onde a palavra ganha vida, onde o conhecimento é compartilhado e onde a diversidade cultural é exaltada em todas as suas formas.

Realizada em Cachoeira, uma cidade histórica do Recôncavo Baiano, conhecida por sua rica herança cultural e sua arquitetura colonial preservada, a Flica se integra perfeitamente ao cenário local. As ruas de paralelepípedos, os casarões antigos e o Rio Paraguaçu que a banha, fornecem um pano de fundo inspirador para os debates, as palestras, os lançamentos de livros e as apresentações culturais. A atmosfera de Cachoeira, vibrante e cheia de história, contribui para a experiência única que a Flica oferece aos seus visitantes.

O festival tem a capacidade de atrair um público diversificado, desde estudantes e acadêmicos até leitores ávidos e curiosos por novas experiências. A programação cuidadosamente elaborada busca contemplar diferentes gostos e interesses, com atividades para todas as idades. É um evento que fomenta a leitura, estimula o pensamento crítico e promove o intercâmbio cultural, fortalecendo a identidade e a autoestima da população local e enriquecendo a experiência dos visitantes.

Programação Diversificada e Voizes Inspiradoras

A Flica 2025 promete quatro dias intensos de programação, reunindo uma constelação de talentos e personalidades de diversas áreas. Além das importantes discussões sobre ancestralidade e comunicação, o festival contará com a presença de escritores, comunicadores, artistas e figuras renomadas que prometem enriquecer ainda mais os debates e as performances.

Entre os nomes confirmados, destacam-se figuras carismáticas e influentes como Tia Má, com seu humor inteligente e suas reflexões sobre questões raciais e sociais; Rita Batista, jornalista e apresentadora que traz leveza e profundidade aos seus diálogos; e Ricardo Ishmael, outro grande nome do jornalismo baiano, conhecido por sua trajetória e sensibilidade. A presença de artistas como Anderson Shon, o lendário cantor Lazzo Matumbi, a poderosa voz de Márcia Short e a energia do grupo Adão Negro, garantem que a Flica não seja apenas um evento literário, mas uma celebração completa da cultura, com música, poesia e performance.

Essa diversidade de convidados reflete o compromisso da Flica em oferecer uma plataforma inclusiva para diferentes formas de expressão e pensamento. A mescla de jornalistas, escritores, músicos e ativistas sociais cria um ambiente dinâmico onde ideias podem florescer e o público pode se conectar com diferentes linguagens artísticas e intelectuais. É uma oportunidade ímpar para o público cachoeirano e os visitantes interagirem com ícones da cultura brasileira, aprendendo e se inspirando em suas histórias e obras.

Cachoeira: Cenário Histórico para um Encontro Literário

A escolha de Cachoeira como sede da Flica não é por acaso. A cidade, reconhecida como Patrimônio Nacional, é um marco da história e da cultura afro-brasileira. Suas igrejas barrocas, os sobrados coloniais e a efervescência cultural de seu povo formam o cenário perfeito para um festival que valoriza a ancestralidade, a identidade e a produção artística e intelectual do país. Cachoeira é, em si, um livro aberto, com suas ruas contando histórias de resistência, fé e criatividade.

A Flica, ao se instalar em Cachoeira, reforça a importância de descentralizar os grandes eventos culturais, levando-os para cidades com profunda conexão histórica e social. Isso não só beneficia a comunidade local, impulsionando o turismo e a economia, mas também oferece aos participantes uma experiência mais autêntica e imersiva. A interação entre o festival e o cotidiano da cidade cria uma sinergia única, onde a literatura e a vida se encontram e se retroalimentam.

Com a expectativa de receber milhares de visitantes, a Flica 2025 se prepara para ser mais uma edição memorável. A participação de Luana Souza e das demais convidadas na mesa “Nossas vozes como a noite estrelada” é um testemunho do poder da palavra e da importância de dar voz a quem tem tanto a contribuir. Será um momento de aprendizado, celebração e reflexão, reafirmando o papel da literatura e da cultura como pilares fundamentais para a construção de uma sociedade mais consciente e integrada.