Caçador de Tesouros Viraliza ao Encontrar e Devolver iPhone Submerso em Praia de Balneário Camboriú
A Praia Central de Balneário Camboriú, conhecida por suas areias movimentadas e o intenso fluxo de turistas, foi palco de uma história que rapidamente conquistou as redes sociais. Um jovem entusiasta da busca por objetos perdidos, armado com um detector de metais, fez uma descoberta surpreendente: um iPhone enterrado na areia molhada, próximo à linha d’água. O aparelho, para a surpresa geral, estava perfeitamente intacto e funcionando. Mais do que isso, a história teve um final feliz e emocionante com a devolução do celular à sua proprietária original.
Mateus Natan da Silva, de 27 anos, figura já conhecida na internet como “caçador de tesouros”, é o protagonista dessa jornada. Seus vídeos frequentemente mostram a emoção da descoberta de anéis, correntes e outros objetos de valor em praias brasileiras. Com mais de meio milhão de seguidores em suas plataformas digitais, Mateus compartilha não apenas os achados, mas também o processo minucioso de identificação e, sempre que possível, a restituição aos seus legítimos donos. Seu objetivo declarado é ambicioso: acumular R$ 1 milhão em valor de itens localizados e documentados.
A Inesperada Descoberta na Praia
A gravação que viralizou mostra o momento exato em que o detector de metais de Mateus começa a emitir seu som característico, um sinal claro de que havia algo metálico por perto. O barulho se intensifica à medida que ele se move na parte mais rasa da água, com a expectativa crescendo a cada beep. A busca, que muitas vezes revela itens simples como moedas ou latas, desta vez prometia algo mais substancial.
Em 19 de setembro, durante uma de suas rotineiras expedições pela orla de Balneário Camboriú, Mateus percebeu um sinal forte. Com a ajuda de sua pá, cuidadosamente ele começou a remover a areia. Poucos instantes depois, lá estava ele: um iPhone, mergulhado na areia úmida, aparentemente em bom estado. A data da descoberta é fundamental, mas a repercussão veio apenas quando Mateus decidiu publicar o vídeo detalhando todo o processo, meses depois, capturando a atenção de milhares de internautas.
A cena é um testemunho da persistência e da paixão de Mateus por seu hobby. Muitos podem subestimar as chances de encontrar algo de valor em uma praia tão frequentada, mas a experiência e o equipamento adequado, aliados a uma boa dose de sorte, podem render resultados impressionantes. A tecnologia dos detectores de metais permite varrer grandes áreas e identificar objetos metálicos escondidos, mesmo sob várias camadas de areia e água.
O Desafio da Recuperação e Identificação
Achar o iPhone foi apenas o primeiro passo. O verdadeiro desafio começou com a tentativa de fazê-lo funcionar e, mais importante, de identificar seu proprietário. A experiência de Mateus com objetos eletrônicos perdidos em ambientes salinos já o havia ensinado algumas lições valiosas. “Lavei com água corrente para tirar o sal e a areia e, depois disso, deixei ele mergulhado no arroz por dois dias inteiros”, narrou ele no vídeo, explicando o procedimento padrão para desumidificar eletrônicos.
A expectativa era grande, e a surpresa foi ainda maior quando, após o período de “quarentena” no arroz, o celular foi conectado ao carregador. “Inacreditavelmente, ele ligou”, disse Mateus, com um tom de assombro. A resiliência do aparelho, que havia resistido à umidade e ao sal do mar, era notável. No entanto, o desafio seguinte era a falta de informações. “O celular não estava no modo perdido e também não havia nenhum contato de emergência”, o que tornava a busca pelo dono mais complexa.
Mateus não se deu por vencido. Com um raciocínio criativo e uma pitada de astúcia, ele elaborou um plano. Ele removeu o chip SIM do iPhone recém-encontrado e o inseriu em outro aparelho celular. Sua esperança era que o número de telefone pudesse levar a alguma pista. E foi exatamente o que aconteceu. “Colocamos esse número na chave Pix e pronto: tínhamos um nome. Aí ficou fácil”, ele explicou, demonstrando como a tecnologia de pagamentos instantâneos do Brasil, o Pix, pode ser usada de formas inesperadas e positivas.
O Poder das Redes Sociais e a Devolução Emocionante
Com o nome da proprietária em mãos, Mateus recorreu à sua principal ferramenta de comunicação: as redes sociais. Ele fez um “story” em sua conta, expondo o nome da pessoa e pedindo a seus mais de 500 mil seguidores que o ajudassem a encontrar a mulher. A resposta foi quase imediata. Em poucas horas, graças à vasta rede de contatos e ao alcance viral de suas publicações, a dona do iPhone foi localizada.
O impacto da notícia na vida da proprietária foi profundo. Mateus compartilhou um áudio enviado por ela, revelando a extensão de sua emoção. “Eu chorei tanto naquela noite”, dizia a mulher, referindo-se à perda do aparelho. Ela descreveu seu próprio esforço, quase em desespero, para encontrar o celular logo após perdê-lo. “Eu estava de tênis e calça, entrei no mar para procurar esse celular, não achei.” A decepção foi tão grande que ela já havia desistido de vez. “Tive que ficar sem até quinta-feira e tive que comprar outro. Eu pensei: ‘Nunca mais vou achar o celular’.”
A voz no áudio transbordava alívio e gratidão. Receber a notícia de que seu iPhone, dado como perdido para sempre nas profundezas do oceano ou sob as areias da praia, havia sido encontrado e, mais ainda, estava funcionando, era algo que ela jamais imaginaria. “E está aí o ‘querido’, funcionando”, exclamou ela, em um testemunho comovente da bondade e da persistência de Mateus. Essa história não apenas viralizou, mas também destacou a importância da honestidade e o poder das comunidades online para fazer o bem.
Rumo ao Milhão: A Jornada do “Caçador de Tesouros”
A aventura do iPhone é apenas um capítulo na ambiciosa jornada de Mateus Natan da Silva. Seu objetivo de acumular R$ 1 milhão em valor de objetos encontrados com seu detector de metais é uma motivação constante. Atualmente, ele estima já ter arrecadado mais de R$ 22 mil, um valor que é resultado da venda de objetos de valor que não puderam ser devolvidos aos seus donos, como anéis de prata e ouro, colares e outros itens preciosos. Cada peça é cuidadosamente catalogada e contribui para a contagem final rumo à sua meta.
A vida de um “caçador de tesouros” não é feita apenas de grandes achados. É uma rotina de muita caminhada, paciência e a aceitação de que a maioria dos sinais do detector pode ser apenas lixo metálico. No entanto, a chance de encontrar algo valioso ou, como neste caso, de realizar um ato de bondade, é o que impulsiona Mateus a continuar suas buscas.
Outros Achados Notáveis de Mateus em Balneário Camboriú
Esta não é a primeira vez que Mateus encontra um iPhone na movimentada Praia Central de Balneário Camboriú, consolidando sua reputação de “especialista em achados” na região. Sua experiência e o conhecimento sobre as dinâmicas das marés e do fluxo de pessoas em praias turísticas contribuem para seu sucesso.
- Junho do ano passado: Mateus havia localizado um iPhone 14 Pro, um dos modelos mais recentes e caros da Apple. Infelizmente, este aparelho não funcionava mais, provavelmente devido a danos mais severos ou tempo prolongado submerso. Mesmo assim, o achado chamou a atenção para a frequência com que esses dispositivos são perdidos.
- Janeiro (meses antes): Outro aparelho celular foi encontrado por ele e, de forma similar ao caso recente, foi diligentemente devolvido à sua proprietária. Isso demonstra que a devolução de itens é uma prática recorrente e um valor central na atividade de Mateus.
A história de Mateus Natan da Silva é um lembrete inspirador de que, em meio ao cotidiano e à agitação da vida moderna, ainda há espaço para atos de gentileza e para a emoção da descoberta. Seu trabalho, que combina paixão por um hobby e um senso de responsabilidade social, continua a render frutos, não apenas em termos de itens encontrados, mas também em sorrisos e gratidão.