Queda do Dólar em 2024: Impactos e Análises
O dólar atingiu sua mínima de 2024 nesta sexta-feira (31), encerrando o dia cotado a R$ 5,83, representando uma redução de 0,25%. Este é o valor mais baixo da moeda americana desde novembro de 2024. A recente desvalorização do dólar está ligada a uma série de anúncios feitos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele comunicou a imposição de tarifas mais elevadas, de 25%, sobre produtos do México e Canadá. No entanto, Trump adotou uma postura mais suave em relação à China, estabelecendo uma tarifa de 10%.
Influências Externas no Mercado Cambial
No cenário internacional, a moeda norte-americana também foi influenciada pelos comentários de Michelle Bowman, diretora do Federal Reserve (Fed), sobre a política monetária dos Estados Unidos. De acordo com Bowman, a alta renda no país pode continuar a impulsionar o consumo, com efeitos positivos no mercado de trabalho. Entretanto, as condições financeiras podem estar restringindo o avanço no controle da inflação.
Em meio a essa instabilidade, o dólar, que na semana passada fechou abaixo de R$ 6 pela primeira vez em mais de um mês, teve sua cotação impactada pela dinâmica das novas medidas tarifárias e pela posição do Fed.
Repercussões no Brasil
No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também causou impacto entre investidores com suas declarações sobre a taxa Selic. Durante uma entrevista nesta quinta-feira (30), Haddad afirmou que a taxa de juros está em um “patamar que desacelera a economia” e que, com a Selic já em um nível elevado, “remédio em excesso pode ser contraproducente.” Ele ainda enfatizou que o governo federal, embora não tenha anunciado novas medidas de contenção de gastos, está ciente de que ajustes orçamentários podem ser necessários conforme a situação econômica.
A cotação do dólar turismo também seguiu essa tendência de queda, fechando com uma desvalorização de 0,43%, a R$ 5,889. A recente decisão do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, alcançando 13,25% ao ano, tinha como objetivo conter a inflação, mas o mercado esperava um aumento mais significativo.