Desempenhos de Morisco, Moledo e Ronier Destacam-se em Empate do Coritiba com CRB Sem Gols

Coritiba Empata Sem Gols com CRB: Morisco, Moledo e Ronier se Destacam na Noite Frustrante no Couto Pereira

O Coritiba amargou mais um empate sem gols jogando em casa, desta vez contra o CRB, em partida disputada na noite da última sexta-feira (31) no Estádio Couto Pereira. O resultado de 0 a 0 deixou um sentimento de frustração na torcida alviverde, que esperava uma vitória para impulsionar a equipe na competição. Em meio a um desempenho coletivo aquém do esperado, alguns nomes conseguiram se sobressair, evitando um revés ainda maior e garantindo ao menos um ponto para o time paranaense. O goleiro Pedro Morisco, o zagueiro Rodrigo Moledo e o atacante Lucas Ronier foram os jogadores que conseguiram mostrar um brilho individual em uma noite predominantemente apagada para o Coxa.

A Batalha no Couto Pereira: Um Empate que Deixa Gosto Amargo

A partida contra o CRB era vista como uma oportunidade crucial para o Coritiba consolidar sua posição na tabela e ganhar confiança. No entanto, o que se viu em campo foi um time com dificuldades na criação e na finalização, características que têm se repetido em jogos recentes no próprio Couto Pereira. O adversário, por sua vez, mostrou solidez defensiva e soube aproveitar a falta de inspiração do Coritiba para segurar o resultado. A torcida, que compareceu em bom número, viu o Coritiba controlar a posse de bola, mas sem conseguir transformá-la em chances claras de gol, enquanto o CRB, em raras escapadas, chegou a levar perigo, exigindo intervenções importantes do goleiro coxa-branca.

A estratégia do Coritiba pareceu girar em torno da tentativa de construir jogadas pelos lados do campo e de explorar a individualidade, especialmente de Lucas Ronier. No entanto, a falta de precisão nos passes finais e a pouca efetividade dos atacantes impediram que essa tática se traduzisse em gols. O meio-campo, por vezes, demonstrou lentidão na transição e dificuldade em romper a linha de marcação do CRB, que se postou de forma compacta e organizada, neutralizando as investidas alviverdes. A pressão por uma vitória em casa, somada à incapacidade de superar a defesa adversária, criou um clima de tensão que se refletiu no desempenho da equipe.

Os Pontos de Luz em uma Noite Cinzenta: Destaques Individuais

Em um jogo onde o empate sem gols foi o protagonista, a atuação de alguns jogadores do Coritiba foi fundamental para que o time não saísse de campo com uma derrota. Esses atletas não apenas cumpriram suas funções, mas também demonstraram um nível acima da média de seus companheiros, tornando-se os pilares que sustentaram a equipe.

Pedro Morisco: Muralha Alviverde

O jovem goleiro Pedro Morisco (nota 6,5) consolidou-se como um dos maiores destaques da partida. Com cinco defesas essenciais, sendo duas delas de alto grau de dificuldade, Morisco foi o responsável por manter o placar zerado para o Coritiba. Sua segurança nas bolas aéreas também foi notável, mostrando maturidade e bom posicionamento para afastar o perigo que vinha pelo alto. Em momentos de maior pressão do CRB, especialmente em contra-ataques, a presença de Morisco na meta trouxe tranquilidade à defesa, reafirmando sua importância para o esquema tático do técnico.

Rodrigo Moledo: A Experiência na Zaga

O experiente zagueiro Rodrigo Moledo (nota 6,5) demonstrou por que é uma peça-chave na defesa alviverde. Sua atuação foi impecável nas jogadas aéreas, um ponto forte da equipe adversária, onde ele se impôs com autoridade. Moledo foi crucial para desarmar cruzamentos e lançamentos longos, afastando qualquer ameaça que pudesse surgir dessa forma. Apesar de alguns pequenos erros nas jogadas por baixo, que não comprometeram o desempenho geral, sua liderança e posicionamento foram fundamentais para a solidez defensiva do Coritiba, garantindo que o gol de Pedro Morisco permanecesse inviolado.

Lucas Ronier: A Centelha Criativa

No setor ofensivo, a pouca criatividade do Coritiba contrastou com a disposição e as tentativas de Lucas Ronier (nota 6,5). O jovem atacante foi, de longe, o principal escape de jogadas da equipe, buscando o drible, a velocidade e as finalizações. Ronier foi o único jogador capaz de levar perigo real ao gol do CRB, criando as poucas oportunidades que o Coritiba teve ao longo dos 90 minutos. Sua capacidade de improviso e a incessante busca por espaços na defesa adversária o tornaram o ponto focal do ataque, mesmo que suas investidas não tenham se convertido em gol desta vez.

O Dilema do Ataque: Por Que o Coritiba Não Marcou?

A ineficácia ofensiva do Coritiba foi o tema central após o empate. Com “o ataque pifando de novo em casa”, a equipe demonstrou uma preocupante falta de poder de fogo. A análise dos jogadores de frente e do meio-campo ofensivo revela um cenário de esforço, mas pouca produção efetiva.

  • Iury Castilho (nota 5,0): Embora esforçado, sua atuação na ponta e como centroavante foi discreta, com pouca produção de jogadas e raras finalizações que pudessem ameaçar o gol adversário. A movimentação existiu, mas faltou o toque final ou a jogada decisiva.
  • Gustavo Coutinho (nota 5,5): Correu e lutou pela posse de bola, mas sua contribuição para o ataque foi limitada. Poucas finalizações e pouca participação em lances de perigo demonstram a dificuldade em se conectar com o restante da equipe e em converter o esforço em resultado.
  • Clayson (nota 5,5): Entrou no intervalo com a expectativa de mudar o cenário ofensivo, mas suas tentativas pelas pontas e pelo meio não resultaram em sucesso. Faltou precisão e efetividade para desequilibrar a defesa do CRB.
  • Rodrigo Rodrigues (nota 5,5): Assim como Clayson, entrou no segundo tempo, mas teve pouco contato com a bola e finalizou apenas uma vez, sem grande impacto na partida.

A falta de um centroavante que consiga segurar a bola, criar chances ou finalizar com precisão tem sido um problema recorrente. Além disso, a dificuldade dos pontas em gerar profundidade e a escassez de passes decisivos do meio-campo contribuem para um ataque previsível e fácil de ser neutralizado.

Do Meio-Campo à Defesa: A Performance Coletiva

A análise da atuação do Coritiba não pode se restringir apenas aos destaques. É fundamental entender o desempenho dos demais setores para compreender o resultado final.

Meio-Campo: Luta e Irregularidade

O setor de meio-campo teve uma atuação mista, com jogadores demonstrando esforço, mas com alguma irregularidade na execução.

  • Filipe Machado (nota 5,5): Esteve um pouco abaixo na marcação e não conseguiu utilizar sua principal arma, a bola longa, com a efetividade de costume. Sua contribuição na construção das jogadas foi limitada.
  • Wallisson (nota 6,0): Correu bastante, mostrando disposição física, mas alternou momentos de acerto e erro, sem conseguir impor um ritmo consistente ou criar lances de destaque.
  • Josué (nota 6,0): Atuou mais recuado do que o habitual, contribuindo com alguns bons passes na saída de bola, mas sem conseguir avançar para auxiliar na criação ofensiva.
  • Vini Paulista (nota 6,0): Entrou no intervalo, trazendo mais dinamismo ao meio-campo, mas acabou perdendo uma boa chance de gol que poderia ter mudado o rumo da partida. Sua entrada, contudo, oxigenou o setor.
  • De Pena (nota 6,0): Também entrou no segundo tempo, aos 25 minutos, distribuindo alguns passes, mas sem conseguir uma influência significativa no ritmo ou na criação de lances decisivos para a equipe.

A Linha Defensiva: Segurança Apesar dos Desafios

A defesa, apesar de não ter tido um desempenho perfeito, cumpriu seu papel de não sofrer gols, muito em parte pelas atuações de Morisco e Moledo.

  • Alex Silva (nota 6,0): Teve uma atuação irregular no apoio ao ataque e enfrentou algumas dificuldades na marcação pelo seu lado do campo. Sua participação ofensiva não foi tão presente quanto se esperava.
  • Jacy (nota 6,0): Foi bem na defesa, demonstrando segurança em suas intervenções. Além disso, tentou iniciar algumas jogadas a partir da zaga, mostrando boa visão de jogo.
  • Bruno Melo (nota 5,5): Apresentou certa dificuldade na marcação e apoiou pouco o ataque, especialmente no primeiro tempo. Sua contribuição ofensiva só foi percebida de forma mais discreta na segunda etapa.

A solidez defensiva como um todo foi o ponto positivo, mas a falta de apoio dos laterais ao ataque e a irregularidade na marcação de alguns setores da defesa ainda são pontos que o Coritiba precisará ajustar para os próximos desafios.

As Alterações no Jogo: Impacto das Substituições

As substituições realizadas pelo técnico do Coritiba buscaram dar um novo fôlego ao time e, principalmente, tentar solucionar o problema da falta de gols. No entanto, o impacto dessas mudanças foi limitado, sem conseguir alterar o panorama da partida.

  • A entrada de Vini Paulista e Clayson no intervalo buscava dar mais dinamismo ao meio e ao ataque, mas ambos tiveram dificuldades em se conectar com a equipe e em criar lances de perigo.
  • As entradas de De Pena e Rodrigo Rodrigues, já na metade do segundo tempo, também não trouxeram a mudança esperada. Apesar das tentativas, o time não conseguiu gerar a pressão necessária para furar o bloqueio do CRB.
  • Everaldo (nota 6,0) entrou aos 37 do segundo tempo, com pouco tempo em campo para efetivamente influenciar o resultado.

Isso levanta questões sobre a profundidade do elenco e a capacidade das peças de reposição em mudar o ritmo e a eficácia do time quando o placar não favorece.

Próximos Passos: O Que Esperar do Coritiba

O empate sem gols com o CRB no Couto Pereira é mais um alerta para o Coritiba. Apesar dos pontos positivos individuais de Pedro Morisco, Rodrigo Moledo e Lucas Ronier, a equipe precisa urgentemente encontrar soluções para sua ineficácia ofensiva. Em uma competição tão disputada, a perda de pontos em casa pode ser determinante para as ambições do clube. A torcida espera ver um Coritiba mais agressivo, criativo e, acima de tudo, eficiente na frente do gol. Os próximos jogos serão cruciais para mostrar se a equipe conseguirá ajustar o ataque e transformar o esforço em vitórias.

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