O Impasse entre os Estados Unidos e a China: O Futuro do Comércio Internacional
No dia 12 de outubro, a China indicou que não cederá às ameaças do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 100% ao país. A resposta chinesa pede que as disputas sejam resolvidas por meio de negociações, e não de ameaças.
O Ministério do Comércio chinês emitiu uma declaração afirmando: “A posição da China é consistente. Não queremos uma guerra tarifária, mas não temos medo de uma.” Este é o primeiro comentário oficial da China sobre a ameaça de Trump de aumentar o imposto sobre importações chinesas até 1º de novembro.
Este desdobramento está relacionado com as novas restrições impostas por Pequim à exportação de terras raras. Estes elementos são vitais para uma variedade de produtos de consumo e militares. A consequente troca de acusações ameaça interromper um possível encontro entre Trump e o líder chinês Xi Jinping e romper uma trégua na guerra comercial que já teve tarifas acima de 100% de ambos os lados.
Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump impôs altos impostos sobre as importações de muitos parceiros comerciais dos EUA, buscando concessões. Em contrapartida, a China tem sido um dos poucos países que não cedeu, confiando em sua força econômica.
“Recorrer frequentemente à ameaça de altas tarifas não é a maneira correta de lidar com a China”, disse o Ministério do Comércio em sua declaração. O Ministério ainda afirmou que a China tomará medidas correspondentemente fortes para proteger os seus direitos e interesses legítimos, caso os EUA insistam nessa prática.
As controvérsias incluem ainda a ameaça de Trump de impor controles de exportação ao chamado “software crítico”. Ambos os lados acusam um ao outro de violar o espírito da trégua ao impor novas restrições comerciais.
A China detém o controle de cerca de 70% da mineração mundial de terras raras e de cerca de 90% do seu processamento global. Diversos produtos, desde motores a jato e sistemas de radar até veículos elétricos e eletrônicos de consumo, dependem desses minerais.
Os EUA avançaram com novas taxas para navios chineses, ignorando as preocupações da China. Em resposta, a China anunciou que também iria impor taxas aos navios americanos.
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