Taxa de Desemprego Aumenta em 12 Estados Brasileiros no Início de 2025
De acordo com a PNAD Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego subiu em 12 estados do Brasil no primeiro trimestre de 2025. Os dados, divulgados na última sexta-feira (16), mostram que em outras 15 unidades da federação, o índice permaneceu estável, evidenciando uma desaceleração no mercado de trabalho nacional.
A média nacional de desocupação aumentou de 6,2% no último trimestre de 2024 para 7% nos três primeiros meses deste ano. Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) são os estados com maior desemprego. Em contrapartida, as menores taxas foram registradas em Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%).
Desigualdade por Gênero, Raça e Escolaridade
A desigualdade no mercado de trabalho também é visível quando analisamos gênero, raça e escolaridade. A taxa de desemprego entre as mulheres atingiu 8,7%, enquanto entre os homens ficou em 5,7%. Pessoas pretas (8,4%) e pardas (8,0%) apresentaram índices superiores à média nacional, enquanto o desemprego entre brancos foi de 5,6%.
A escolaridade exerce um papel significativo nos índices: pessoas com ensino médio incompleto enfrentaram uma taxa de desocupação de 11,4%, enquanto aquelas com ensino superior completo tiveram um desemprego de apenas 3,9%.
Informalidade e Trabalho Autônomo em Alta
A informalidade continua elevada, com 38% dos trabalhadores sem carteira assinada ou CNPJ. Os estados com maior informalidade são Maranhão (58,4%), Pará (57,5%) e Piauí (54,6%). Por outro lado, Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%) apresentaram os menores índices.
Apesar do cenário de desaceleração, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado permanece alto em algumas regiões. Santa Catarina lidera com 87,8%, seguida por São Paulo (83,4%) e Rio Grande do Sul (81,5%).
Além disso, 25,3% dos trabalhadores no Brasil atuam por conta própria, com Rondônia (35,6%) e Maranhão (32,7%) apresentando os maiores percentuais de autônomos.