Alegações Finais da Defesa de Felipe Martins após Ameaça de Moraes

No último sábado (11), Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais do ex-presidente Bolsonaro, e o coronel da reserva Marcelo Câmara, também antigo auxiliar de Bolsonaro, entregaram suas defesas finais em relação ao caso de suposta conspiração golpista. Ambos negam veementemente seu envolvimento em qualquer planejamento de golpe de Estado, reiterando que o processo possui falhas, apontando a colaboração forçada de Mauro Cid e questionando a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar o caso.

O juiz do caso, Ministro Alexandre de Moraes, inicialmente dispensou os advogados de defesa dos dois acusados, alegando que estavam usando táticas dilatórias para atrasar o término do processo. Mais tarde, Moraes reviu sua decisão, concedendo mais tempo a Martins e Câmara para apresentarem suas defesas.

Jeffrey Chiquini, advogado de Martins, nas alegações finais, insistiu que seu cliente foi vítima de lawfare (perseguição judicial), pedindo a nulidade do processo por supostas ilegalidades, incluindo a implementação de prisão preventiva baseada numa “viagem inexistente” aos EUA, que alega ter sido usada para forçar uma delação.

Por sua vez, Câmara, representado pelo advogado Eduardo Kuntz, rejeita as acusações de ter participado de uma organização criminosa ou planejado a “neutralização” de autoridades.

Não há data confirmada para o julgamento de Martins e Câmara, integrantes centrais da suposta conspiração golpista. A partir de terça-feira (14), o STF começará o julgamento de outro grupo, acusado de disseminar desinformação contra urnas eletrônicas e atacar autoridades contrárias ao golpe de Estado.

Esse será o segundo grupo da alegada conspiração golpista a ser julgado pelo STF. Os primeiros condenados foram os membros do núcleo central da suposta tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi condenado a 27 anos e três meses de prisão nesta ação.

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