Entenda a demissão do técnico e afastamento de jogadores na Guiné Equatorial após greve

A Federação de Futebol da Guiné Equatorial informou no domingo (12) a saída do técnico Juan Micha e o afastamento de vários jogadores chave da seleção após uma greve. Esta ação bloqueou a viagem da equipe ao Malaui para o jogo das Eliminatórias da Copa do Mundo. A partir disso, agora o país pode enfrentar sanções da FIFA.

Os afastados incluem Emilio Nsue, o capitão e um dos atletas mais prominentes da equipe. Os jogadores recusaram-se a embarcar para a partida de quinta-feira (9), citando problemas de longa data com condições de trabalho e pagamentos atrasados.

Como resultado, a federação optou por demitir o treinador e os jogadores afetados. De acordo com uma declaração da entidade nas mídias sociais, a saída de Micha foi confirmada e o Ministério do Esporte agora está aceitando inscrições de jogadores interessados em representar a seleção.

Aqueles que não se inscreverem serão excluídos da equipe nacional. Após a reformulação do grupo, Casto Nopo foi nomeado treinador interino para o jogo de segunda-feira (13) contra a Libéria. Este é o último jogo da Guiné Equatorial no Grupo H das Eliminatórias.

A nova convocação deixou de fora vários jogadores que participaram da última Copa Africana de Nações (CAN). Nesse torneio, o país chocou o continente ao vencer a anfitriã Costa do Marfim por 4 a 0. Esse resultado é considerado um dos maiores feitos da história do torneio.

A equipe também empatou com a Nigéria em sua primeira partida, terminando a fase de grupos à frente dessas duas potências africanas. Contudo, eles foram eliminados nas oitavas de final pela Guiné.

Apesar da Guiné Equatorial já ter garantido vaga na próxima edição da Copa Africana de Nações, que começará em 21 de dezembro no Marrocos, eles não têm mais chances de se classificar para a Copa do Mundo de 2026.
Nota: Texto escrito por Mark Gleeson na Cidade do Cabo; Edição por Christian Radnedge.