Crescimento do Celibato Feminino devido à Crise e ao Sexo Casual

Aos 29 anos, Mandana Zarghami escolheu o celibato por quatro anos, uma escolha que acredita ter sido facilitada pelos homens. Tal como muitas mulheres contemporâneas, Zarghami atribui à chamada cultura do “sexo casual”, acentuada pelo uso de aplicativos de namoro, a responsabilidade pelo esvaziamento da intimidade nas relações.

Para Zarghami, a “cultura do sexo casual” é desprovida de benefícios para as mulheres, privilegiando unicamente os homens. Em entrevista ao New York Post, a empresária baseada na Flórida declarou que o sexo casual deteriora o momento especial e íntimo que poderia ser vivenciado com alguém desejado para uma relação longa.

Zarghami faz parte de um movimento crescente de jovens das gerações Y e Z nascidos entre 1981 e 2010. Esses jovens estão impulsionando uma “recessão sexual” nos EUA, uma abstenção sexual sem motivação religiosa, mas somente desejo de afastar-se da superficialidade dos relacionamentos atuais e da banalidade dos aplicativos de namoro.

Após enfrentar uma série de desilusões amorosas, Zarghami optou pela abstinência do sexo. Embora os primeiros meses tenham sido desafiadores, a empresária afirma ter fortalecido sua decisão com o passar do tempo, prometendo a si mesma manter o celibato até envolver-se num relacionamento sério.

Zarghami chegou a quebrar o voto de celibato, mas prontamente o retomou ao perceber que o envolvimento com o então parceiro não era proveitoso.

A mesma visão é compartilhada por outras jovens, como Kayla Caputo. A influenciadora de moda e viagem, também de 29 anos, residente em Nova Jersey, acredita que o sexo casual tem banalizado o namoro, transformando-o em algo superficial. Kayla afirma que o sexo logo após conhecer a pessoa pode confundir os sentimentos realmente existentes em relação a ela.

Ema Skauminaite, enfermeira viajante de 28 anos residente na Noruega, igualmente adotou a abstinência sexual por perceber o desperdício de recursos num encontro casual oriundo do Tinder, aplicativo de namoro. Segundo a enfermeira, com esse movimento, ela tem conseguido nutrir mais suas amizades e relacionamentos genuínos.

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