Gastos com Presentes para o Dia das Crianças Caem em 2025, Segundo FGV

Movimento de vendas de brinquedos para o Dia das Crianças, comércio varejista nas ruas do Polo Saara, centro do Rio de Janeiro.

Segundo pesquisa do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), maior número de brasileiros planeja economizar no presente de Dia das Crianças este ano, especialmente no grupo de menor renda. O estudo revela um aumento de 4% em relação ao último ano na porcentagem de consumidores que pretendem gastar menos na data comemorativa.

Os resultados mostram que aproximadamente 37% dos consumidores pretendem reduzir os gastos em 2025, comparado a 33% no ano passado. Em contraste, houve uma pequena diminuição na porcentagem de pessoas que planejam gastar mais, enquanto a maioria afirma que vai gastar a mesma quantia que no ano anterior.

De acordo com o estudo, 8,5% planejam gastar mais na escolha dos presentidos, em comparação aos 9,1% do ano passado. E 54,3% dos brasileiros decidiram manter a mesma faixa de gastos no Dia das Crianças. Anna Carolina Gouveia, pesquisadora e economista do FGV IBRE, sugere que o resultado desta pesquisa está ligado à desaceleração do consumo das famílias nos últimos meses, ao nível de confiança do consumidor e ao endividamento da população.

O menor ímpeto para gastos pode estar relacionado ao nível de endividamento e de inadimplência elevados dos consumidores, em contexto das altas taxas de juros, deixando as famílias mais cautelosas com seus gastos.

O valor médio do presente para o Dia das Crianças diminuiu em 2025 para R$ 63,93, em comparação ao ano anterior que era de R$ 68,07. Esta média caiu para todas as faixas de renda, especialmente entre aqueles com menor renda.

Dinheiro tornou-se o tipo de presente mais comum no Dia das Crianças neste ano, com um aumento de 7,9% para 12,1%. Apesar disso, jogos e brinquedos ainda são a principal escolha para presente, seguido de roupas e acessórios.

Os brasileiros também optam cada vez mais por dar livros como presente, então eles se destacaram como a terceira opção mais popular. No entanto, eletrônicos são a opção de apenas 3,9% dos consumidores.

O estudo também revelou que mais da metade dos brasileiros vive no limite do salário, como demonstra uma pesquisa citada no artigo.

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